O jeito Eternit de construir

Desempenho ambiental

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O Grupo Eternit tem como uma de suas principais preocupações o desenvolvimento ambiental sustentável do seu negócio, principalmente com relação ao processo fabril e à mineração. Esse compromisso e empenho são refletidos nas recertificações obtidas em 2015 nas fábricas de fibrocimento da Eternit e Precon Goiás, mantendo o compromisso com a qualidade (ISO 9001), preservação ao meio ambiente (ISO 14001) e garantindo um ambiente de trabalho saudável e seguro (OHSAS 18001). Com controles rígidos e específicos, fundamentados em normas e legislações vigentes, a Companhia não registrou neste período nenhuma ocorrência de multa significativa ou sanção não monetária relativa a aspectos de não conformidade ambiental.



GESTÃO AMBIENTAL

G4-EN23 | G4-EN28

Eternit, Precon Goiás e SAMA seguem rigorosamente os critérios e normas técnicas padronizadas pelas entidades certificadoras, estando em consonância com a legislação em vigor e atuando sob as diretrizes do Sistema de Gestão Ambiental. Para garantir alta eficiência, a Eternit adota ainda a metodologia FMEA, traduzida no Brasil como Análise dos Modos de Falha e seus Efeitos, que funciona como uma ferramenta de prevenção a possíveis problemas durante o processo industrial. Embora a empresa faça a gestão dos riscos ambientais de forma preventiva (saiba mais em Gestão de Riscos), os efeitos associados à mudanças climáticas não estão contemplados neste processo.

Em 2015, não houve nenhum derramamento nas unidades Eternit, Precon Goiás e Tégula. Contudo, na SAMA foram registradas ocorrências, porém nenhuma situava-se próxima a corpo d’água. Foram seis vazamentos de óleo estimado em 1.362 litros ocorridos na área da mina e provenientes de caminhão e equipamentos auxiliares da extração. O óleo derramado foi recoberto com serragem, recolhido, entamborado e enviado ao coprocessamento. Para impedir situações como essas, a Companhia realiza constantes treinamentos dos profissionais que atuam nas frotas internas e externas e faz frequentes vistorias nos veículos.

Com o compromisso de melhorar a eficiência dos processos de produção industrial e buscando a melhor gestão dos recursos, a Eternit trabalha eliminando desperdício de insumos e ainda oferecendo produtos com o mínimo impacto ambiental. Entre as medidas adotadas pela Companhia, destacam-se:


Reciclagem: o reaproveitamento de materiais é comum nas unidades fabris Eternit e Precon Goiás, em que se reutilizam os calços de madeira provenientes da estocagem de telhas de fibrocimento para armazenar louças sanitárias, caixas e tampas de polietileno, entre outros.



Rejeito Zero: no processo de fabricação do fibrocimento também são aproveitadas 100% das embalagens do mineral crisotila. Já as sobras – provenientes da quebra de produção, material quebrado ou fora dos padrões de conformidade – são moídas e novamente usadas na mistura, como matéria-prima.

Na SAMA, o reaproveitamento ocorre de duas formas: confecção dos paletes que são produzidos a partir das sobras de madeira das serrarias e por meio da realocação dos restos de produção (partes finais dos lotes que não completaram um palete). No total, em 2015, houve uma economia de 19.760 sacos de ráfia.



Separação de resíduo: há um programa de coleta seletiva na Tégula há mais de 10 anos, sendo que em algumas unidades, como Içara (SC), o projeto abrange ainda o transporte e a destinação correta de 100% dos resíduos. As tabelas completas de resíduos gerados e transportados estão neste relatório, na seção anexo I GRI.




RECURSOS HÍDRICOS

G4-DMA-Efluentes e Resíduos | G4-EN22 | G4-EN26

Apesar do tema água ter ganhado maior notoriedade há dois anos, com a crise hídrica no Brasil, a Eternit sempre se preocupou com o consumo responsável, desde a captação até o descarte. Em 2015, todas as unidades atuaram em conformidade com a legislação ambiental. Entenda como ocorre o processo de descarte total de água no Grupo, discriminado por qualidade e destinação:

Nas unidades fabris da Eternit e Precon Goiás a água derivada do processo produtivo é armazenada em tanques de decantação e utilizada em circuito fechado de reaproveitamento. Assim, ocorrem apenas perdas por evaporação. Já a água utilizada nas instalações administrativas é tratada pelo órgão de saneamento do estado.

Na SAMA, as águas das cavas, que são esvaziadas para continuidade do processo de lavra, são destinadas às lagoas de decantação (Lagoa das Tartarugas e Lagoa do Jacaré) e, posteriormente, aos corpos d’água da Lagoa do Caju ou Córrego do Amianto, no qual são realizadas análises químicas periódicas. A água das cavas também pode ser usada para evitar o desprendimento de poeira, sendo utilizadas na umidificação de pistas, rejeito industrial e frentes a serem desmontadas.

Os efluentes industriais oriundos do processo de beneficiamento e da lavagem de pistas impermeabilizadas são direcionados para caixas de decantação e posteriormente para lagoa de estabilização próxima à lagoa da ETE (Estação de Tratamento de Efluentes).

Cada unidade fabril possui o tratamento de efluentes adequado, seguindo os parâmetros para monitoramento definidos pelos respectivos órgãos ambientais.


Total de descarte de efluentes – m3/ano 2015 *

Descarte de efluentes Efluente tratado Reúso de Água
150.643 152.561 19.911

* Inclui unidades da Eternit, Precon e SAMA. Nas unidades fabris da Tégula o descarte é feito pela rede municipal de esgoto e não foi mensurado.



EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

As fábricas da Tégula adotam medidas alternativas de controle no consumo de energia, tais como a utilização de painéis solares e telhas translúcidas para aumentar a luminosidade no local, e melhoria das calhas, além de realizar constantes campanhas de economia de energia.

Fábrica Tégula Atibaia (SP)

Entrada da fábrica Tégula Atibaia (SP)



EMISSÕES

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Gases de Efeito Estufa (GEE)

Em 2014 e 2015 a Eternit e Precon Goiás não realizaram o levantamento de emissões de gases de efeito estufa e não há previsão para que o trabalho seja realizado em 2016.

A SAMA e a Tégula mensuram a emissão de gases de efeito estufa (GEE), nos escopos 1 e 2, como medida para quantificar possíveis impactos na biodiversidade. Como a contabilização do escopo 3 não é obrigatória pela metodologia do Programa Brasileiro GHG Protocol, no momento, a SAMA avalia se há indicações de materialidade para realizar este tipo de avaliação e quais seriam os agentes de emissão mais representativos. Em 2015, houve redução das emissões de CO2e nos escopos 1 e 2.

Em termos preventivos, na unidade de Atibiaia (SP), a Tégula faz o monitoramento desses gases na frota movida a diesel que trafega dentro da unidade por meio de amostragem utilizando-se do anel de Ringelmann. Já na unidade de Içara, em Santa Catarina, durante os períodos mais quentes do ano a empresa desliga seu processo de queima de GLP nas estufas, economizando o consumo do combustível e reduzindo a emissão de gases no ambiente.

Em 2015, a taxa da intensidade de emissões de GEE da SAMA foi de 0,22 t produzida/t CO2e de emissões. O cálculo considerou o total de produção do ano – em toneladas – sobre o total de emissões de GEE (escopo 1 e 2) do ano – em toneladas. No processo de identificação e no método de cálculo, foram considerados os seguintes gases: CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs, SF6, NF3.

A taxa da intensidade de emissões de GEE da Tégula foi de 0,0000327 telhas produzidas/t CO2e de emissões (2014). O cálculo considerou o total de produção do ano – em telhas – sobre o total de emissões de GEE (escopo 1 e 2) do ano – em toneladas. No processo de identificação e no método de cálculo, foram considerados os seguintes gases: CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs, SF6, NF3. As tabelas com os dados históricos de emissões de gases de efeito estufa podem ser consultadas no Anexo I GRI.


Emissão de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO)

No ano de 2015, a Eternit, Precon Goiás e a Tégula não realizaram nenhuma emissão de substâncias destruidoras da camada de ozônio (SDO). Na SAMA houve o consumo de 120 kg de HCFC-141b durante o ano de 2015, registrado por emissões motivadas pelo sistema de ar condicionado veicular em decorrência do calor excessivo do ano.


Emissão de NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas

As fábricas da Eternit, Precon Goiás e a mineradora SAMA controlam rigorosamente as fibras em suspensão por meio de um sistema de filtros manga que tem por objetivo filtrar a geração de materiais particulados totais. Periodicamente são realizados monitoramentos para mensurar a quantidade dos materiais em suspensão. Em 2015, todos os pontos avaliados nas fábricas apresentaram resultados dentro dos parâmetros aceitáveis pela legislação vigente.

No caso da SAMA, todas as chaminés, aspiradores de pó e máquinas varredeiras têm o seu sistema de filtros manga e cartucho monitorado a cada turno, diariamente. A inspeção também é realizada periodicamente em diversos pontos da empresa e do seu entorno.




PRESERVAÇÃO E GESTÃO DOS IMPAcTOS NA BIODIVERSIDADE

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A Eternit possui a certificação ISO 14001 – Sistema de Gestão Ambiental, sendo esta fundamental para ratificar a mitigação de impactos ambientais significativos na biodiversidade (emissões atmosféricas, efluentes e resíduos). Como diretriz do Sistema de Gestão Ambiental, são definidos controles específicos fundamentados em normas e legislações vigentes. A estratégia adotada pela Companhia é que sejam realizados trabalhos preventivos a fim de que se possa evitar a incidência de impactos no meio ambiente. No caso da ocorrência de impactos não desejáveis, deverá ser seguido o Plano de Emergência definido corporativamente. Todos os requisitos legais aplicáveis são controlados, visando o atendimento integral dos mesmos.

Vista aérea da mineradora SAMA

Área de preservação animal da mineradora SAMA



BIODIVERSIDADE

Entre as principais iniciativas do Grupo estão a preservação de quatro reservas florestais.


869
Quelônios estão
sob a influência
do programa

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Entre as principais iniciativas da Companhia estão a preservação das quatro reservas florestais: Colombo (PR), Simões Filho (BA), Atibaia (SP) e Minaçu (GO); o Projeto Quelônios e o uso de energia por meio de painéis solares (saiba mais em Eficiência Energética).

Em relação às espécies de fauna e flora presentes nas reservas do Grupo, há uma espécie extinta, uma espécie criticamente ameaçada de extinção, duas ameaçadas de extinção e onze vulneráveis.

Reserva de Colombo (PR): a fábrica de Colombo ocupa 58.377 m2 da APA (Área de Preservação Ambiental – unidades de conservação instituídas pelo poder público) do Iraí, que se estende por 115 km2, em áreas de cinco municípios. Incrustada em parte da Serra do Mar, essa APA possui nas regiões planas a área de transição entre as florestas Ombrófila Mista, também conhecida como floresta de Araucária, e Ombrófila Densa, abrigando um dos últimos remanescentes de campos de várzea.

Reserva de Simões Filho (BA): trata-se de uma das principais áreas de proteção do Recôncavo Norte Baiano, caracterizada pelo clima quente-úmido e belas praias associadas às dunas com vegetação de restinga. Há, ainda, manguezais ricos em biodiversidade no estuário do Rio Joanes, além de remanescentes de Mata Atlântica e avifauna representativa. A área da fábrica possui 801 mil m2 de reserva ambiental preservada.

Reserva de Atibaia (SP): a Tégula Atibaia possui uma área construída de 1.507.487m2 sobre um terreno cuja área total é de 11.273.824m2. Da área total, temos a área de APP (Área de Preservação Permanente), cujo tamanho é de 488.105 m2. A área de APP é composta de aproximadamente 20% de vegetação nativa (goiabeira, jerivá, aroeira, pimenteira, sibipiruna, entre outros) e o restante de vegetação rasteira e capim, sendo classificada como Mata Atlântica. A APP pertence a bacia hidrográfica do PCJ - Piracicaba, Capivari e Jundiaí, onde tais rios (Piracicaba, Capivari e Jundiaí) banham a referida bacia. O clima é do tipo temperado seco, com temperatura média anual de 19º C e umidade do ar de 80%.

Reserva de Minaçu (GO): a área de concessão da SAMA totaliza 45 km2, mas aproximadamente 80% dessa área estão sob sua tutela na forma de Reserva Florestal e de Reserva Legal preservadas e inseridas nas adjacências dos demais 20% determinados para as atividades de superfície da mineradora (a céu aberto) como extração do minério, beneficiamento e pilhas de deposição de estéril e rejeito. A Reserva Florestal está localizada na Serra de Cana Brava formada tipicamente pela vegetação típica do Bioma Cerrado e faz parte da Bacia hidrográfica do Alto Tocantins. O clima predominante é o tropical úmido com duas estações: com época de chuvas de verão seguidas de invernos bastante secos.

Entre as diferentes fisionomias vegetais presentes na Reserva Florestal encontram-se: campos cerrados; cerrado típico; cerradões; floresta estacional; campos rupestres e florestas de galeria.

A biodiversidade está protegida, por um corredor de vegetação nativa que possibilita o trânsito dos animais sem que seja necessária a proximidade com os colaboradores. Este corredor natural margeia as cavas, onde acontecem as atividades de extração com a movimentação constante dos caminhões e máquinas auxiliares.

Projeto Quelônios: implantado em 1995, trata-se de uma parceria com o IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) para a conservação de espécies nativas de quelônios, como tartarugas da Amazônia, tracajás, cágados, tigres d’água e jabutis. O objetivo é sensibilizar e conscientizar a comunidade acerca dos cuidados com o meio ambiente. Atualmente, 869 quelônios estão sob a tutela do programa que compreende duas atividades complementares: o manejo da reprodução da tartaruga da Amazônia e a educação ambiental. O Projeto Quelônios está estabelecido numa área de 36 mil m2, trata-se do único Criadouro Conservacionista de Quelônios dentro de uma empresa no Brasil e é considerado padrão de referência para esse tipo de iniciativa. Além de quelônios, o projeto recebe de órgãos de proteção ambiental (Polícia Ambiental Estadual, Fauna/IBAMA), outras espécies de animais silvestres para tratamento e reintegração ao meio ambiente, como: araras, papagaios e macacos.

Projeto Quelônios - mineradora SAMA (GO)